Estratosférica, o novo álbum de Gal Costa, pode ser definido a partir dos versos de "Sem Medo nem Esperança”, escritos para ela pelo poeta Antonio Cicero e musicados por Arthur Nogueira: "Nada do que fiz, por mais feliz,
está à altura do que há por fazer".
Conversei muito com Cicero a respeito disso. Ponderei quantos destinos e cabeças Gal já havia transformado com seus graves e agudos, emitidos com a pureza de quem está em estado de meditação. E sobre quantos mais ela ainda poderia transformar.
Embora marque os 50 anos de carreira da maior cantora do Brasil, o trabalho se embrenha por caminhos muito mais arriscados. Foge da saudade de tudo de tão sólido que já foi construído por Gal nestas cinco décadas e, em vez de cair em segura repetição retrospectiva, busca só
"o que há por fazer". (…)
Marcelo mandou “Espelho d’Água”, sua primeira parceria com o irmão, Thiago Camelo, que está em vias de publicar seu primeiro livro de poesia. Essa, aliás, nós usamos para batizar o show de voz, guitarra e violão que Gal e o músico Guilherme Monteiro fizeram no ano passado, com direção minha. Já está testada e aprovada ao vivo.
Céu, Pupillo e Junio Barreto compuseram “Estratosférica” sob encomenda, numa madrugada, já nos últimos dias de estúdio.
E a exuberância que a imagem do título da canção aponta nos levou ao nome do disco. Assim que botou a voz, Gal sugeriu: “Ouço aqui uns sopros de Lincoln Olivetti, como em ‘Festa do Interior’. Vamos pedir a ele?”. Lincoln topou. E foi esse o último arranjo que fez na vida.
Mas Lincoln Olivetti surge em “Estratosférica” também como compositor.
A caymmiana “Muita Sorte” é tema inédito escrito por ele com
o parceiro Rogê.
Junio Barreto é o único autor com duas canções no disco físico.
Além de “Estratosférica”, também é dele a visceral “Jabitacá” (nome
de uma serra na divisa entre Pernambuco e Paraíba), escrita com
Lira, ex-líder da banda Cordel do Fogo Encantado.
Vivendo em Nova York, a cantora e atriz Thalma de Freitas enviou “Ecstasy”, uma canção construída por ela (letra e a melodia) sobre uma das muitas harmonias que João Donato deixou gravada no laptop dela. Ter Donato – e ele toca Rhodes na faixa – por perto cria uma ponte
com aquela Gal que já experimentava as delicadezas “donatianas”
no clássico álbum “Cantar”, de 1974.
Estão aqui 15 canções inéditas e a maior parte dos autores envolvidos nelas – de Marisa Monte a Marcelo Camelo – nunca haviam passado pela voz de Gal.
Marisa enviou “Amor se Acalme”, uma doce canção de ninar feita a seis mãos com Arnaldo Antunes e Cezar Mendes.
Feita especialmente para a voz de Gal, “Dez Anjos” é a primeira – e até agora única – parceria entre Milton Nascimento e Criolo. O encontro para a feitura dessa música fortaleceu a amizade entre os dois artistas
e desaguou na turnê “Linha de Frente”, que eles fizeram juntos no ano passado.
Mallu Magalhães é a caçula do time. E mandou a canção mais deliciosamente pop: a jorgebenjoriana “Quando Você Olha pra Ela”.
A faixa foi escolhida como single de “Estratosférica” e vai ganhar um videoclipe nas próximas semanas.
Tom Zé, que não aparecia em uma ficha técnica de Gal desde que “Namorinho de Portão” surgiu no primeiro álbum solo dela, em 1969, mandou a sexy “Por Baixo”.
“Casca” tem música de Alberto Continentino e letra de Jonas Sá, grande mago pop da cena carioca contemporânea.
Já em estúdio, Moreno Veloso trouxe “Anuviar”, feita com
Domenico Lancellotti.
“Você me Deu” inaugura a parceria entre Caetano Veloso e seu filho do meio, Zeca Veloso. Ela fecha o disco lembrando da importância de “Recanto”, álbum dirigido por Caetano em 2011, para que “Estratosférica” pudesse acontecer.
Entre as faixas-bônus, que vão surgir apenas na versão digital de “Estratosférica”, há outra estreia importante. “Vou Buscar Você pra Mim” é a primeira canção de Guilherme Arantes gravada por Gal. Era um sonho do compositor, ele me disse. Contei para Gal e ouvi de volta:
“Mas eu sempre quis que Guilherme fizesse alguma coisa para mim.
Ah, se eu soubesse...”.
“Átimo de Som”, a outra faixa exclusiva da versão digital, tem letra de Arnaldo Antunes e música de Zé Miguel Wisnik.
As gravações de base aconteceram no final do ano passado, no RootSans, estúdio aconchegante no clássico bairro roqueiro da Pompeia, em São Paulo. A banda base tinha Pupillo (Nação Zumbi) na bateria e percussões, Guilherme Monteiro nos violões e guitarras, André Lima
nos teclados e o próprio Kassin no baixo.
Gal estava presente em tudo desde o início, ajudou a levantar os arranjos de base, deu palpites fundamentais em todas as fases da produção musical. Depois disso, os produtores musicais levaram o material para o Studio Marini, de Kassin.
A foto da capa foi feita por Bob Wolfenson.
Começamos a trabalhar, Gal e eu, em setembro de 2013. Fui atrás dos compositores, sobretudo artistas da nova geração, e cheguei a recolher um baú de 150 canções inéditas. Passávamos as tardes na casa dela, soterrados em dezenas de páginas com letras impressas e arquivos mp3. Ela ouvia, anotava, voltava, cantarolava por cima, separava. Podíamos ter feito dez discos, talvez ainda façamos. Quando entramos em estúdio, um ano depois do primeiro encontro, ela disse (e depois repetiu muitas vezes) aos produtores musicais Kassin e Moreno Veloso: “Enlouqueçam nos arranjos. Não quero nada careta. Quero um disco arrojado”. O disco está feito.
Voltemos agora à canção de Arthur Nogueira e Antonio Cicero.
A expressão “sem medo nem esperança” nada tem nada ver com não acreditar em um futuro melhor, como poderia indicar uma interpretação desconcentrada. Ao contrário, ela quer nos levar a um viver profundo do momento presente, pois é nele que está a raiz do porvir. Assim – carpe diem! –, pegando o tempo presente nas mãos, pela boca e pelos cabelos, Gal fez outro trabalho arrebatador em seus 50 anos de carreira.
E, ela sabe, ainda há muito por fazer.
Marcos Preto
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
UBC/Som Livre Edições Musicais | BRSME1500163
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
ZB Produções Artísticas Ltda./Gege Edições | BRSME1500161
Moreno Veloso • Domenico Lancellotti
guilherme monteiro: guitarra e guitarra citara
kassin: baixo, programação e teclados
pupillo: bateria e percussão
andré lima: teclados
armando marçal: percussão
direção artística e de repertório • marcus preto
produção musical • kassin e moreno veloso
mixado por kassin e moreno veloso no studio marini
gravado nos estúdios: rootsans por rodrigo sanches
assistentes de estúdio • joe junior e thiago brigidio
studio marini por kassin e moreno veloso
assistente • mauro araujo
produção executiva • mariana rolim
preparação vocal • wagner barbosa
edição digital • pedro garcia
coordenação de produção • wilma petrillo
assessoria de imprensa • perfexx
fotógrafo • bob wolfenson
projeto gráfico • pós imagem
design diretor de criação • rafael ayres
designer • ana amélia martino
masterizado por ricardo garcia no magic master (rj)
sony music presidente • paulo junqueiro
vice-presidente e a&r • sergio bittencourt
vice-presidente de marketing • claudio vargas
diretor comercial • flavio vilela
a&r • bruno batista
coordenação artística (a&r) • andré “peixe!” mattos
contatos para shows • +55 (11) 2361-3604
wilmapetrillo@gmcproducoes.art.br
anatorres.gal@gmail.com
anatorres@gmcproducoes.art.br
contatos para assessoria de imprensa • +55 (11) 2615-5045
anapaula@perfexx.com.br
guilherme monteiro: guitarra
kassin: baixo, programação,guitarra e teclados
pupillo: bateria
andré lima: teclados
moreno veloso: guitarra e programação
A noite acena sem fitar
Pela janela do vagão
Que pro passado irá rumar
E só o perfume então
Fará
Lembrar
Que rara sensação
Sai do lugar
Quando saltar
Sem superar
Os ais
Solto no ar
Sem completar
Nem encontrar
Sinais
De lá
Quero mais
Que ver
Sem ter
Jamais
Ir divagar
Anuviar
O que está longe
Perto
Se vejo o mundo
Espaço aberto
Tudo está fora
Do tempo
Passar
Quero mais
Que ver
Sem ter
Jamais
Pupillo • Junio Barreto • Céu
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Universal Music Publishing | BRSME1500166
guilherme monteiro: guitarra e violão
kassin: baixo, lap steel, teclado e guitarra
pupillo: bateria e percussão
andré lima: teclado e órgão
Toda sorte de paz
Rodeia os nossos passos
Não sinto mais o tempo, ó flor
Teus olhos põem o sol de amor
Eu vi a revoada
O mar, estrela e o nada
Os olhos da morena
E o nosso espelho d’água
A solidão, o sal lavou
Alcançam-se os abraços
O mar cuidou do tempo, ó flor
Semeia nosso céu de amor
A casca azeda já quebrou
Que nem a onda aqui
Estranho mesmo é o amor
Que invade sem sorrir
O pulso para pra pensar
Vem se espalhando pelo chão
Um jeito cego de enxergar
O sangue em minhas mãos
Que irá
Queimar
Que cor
De quem será?
Nas unhas têm um pouco d’eu
Nas coxas, o torpor
Congela o instante em que tremeu
Teus olhos de isopor
O pulso para pra pensar
Vem se espalhando pelo chão
Um jeito cego de enxergar
O sangue em minhas mãos
Que irá
Queimar
Que cor
De quem será?
Perfume estranho ao acordar
Onde será que estou?
A tela se alimenta de ar
E o ar do nosso som
kassin: programação e teclados
guilherme monteiro: guitarra
moreno veloso: piano
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Sm (Sony/Atv)/Universal Music Publishing BRSME1500159
Lábio de mel
Flor do luar
Você me deu
O céu e o mar
Dedo de Deus
Terê, Mauá
Marapendi
E Paquetá
Quando te vi, nem sei
Eu me encontrei
Noutro lugar
Tudo isso é meu
Sempre será
Você me deu
Você me dá
Aconteceu
Sem esperar
O sol nasceu
E a lua lá
O coração temeu
Mas aprendeu
A se entregar
guilherme monteiro: guitarra
davi moraes: guitarra
kassin: baixo, programação e teclados
pupillo: bateria
armando marçal: percussão
andré lima: teclados
moreno veloso: coro
arranjo de metais: lincoln olivetti
trompete: altair martins
trompete: diogo gomes
trombone: marlon sette
sax e flautas: zé carlos
Alfazema lava
Meio-dia
Passeio abre
Cortejo anunciou
Você vem de circular
De colar
Continhas brancas
Vestes, brilho
Manto azul, ajaiô
Vai de volta de encontrar
Das ladeiras dos sobrados
Das calçadas de pisar
Tu chegasse numa nave
Colorida de acender
Festejada festa
Pano florido
Abre, clareia
Flor amazônica
Vem das águas
Leve-me
em cortejo
Teu sagrado espacial
Aguou de lagoinha
Rodeou de coração
Cósmica beleza
Mar de nau de navegar
Chega agora no meu porto
Estratosférica, voar
Você vem de circular
Alfazema ajaiô
Estratosférica voar
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Uns (Warner/Chappell)/Uns Produções | BRSME1500172
Zeca Veloso • Caetano Veloso
Quando você olha pra ela
Seu rosto te entrega
Fala mais fino com ela
Já não se pode negar
Só não se esquece que eu também te amo
Só não se esquece
Não se endurece que eu também te amo
Não se endurece
Como se faz
Pra ter o teu carinho
Poder ganhar teu colo
E ter felicidade?
Não quero mais
Viver assim sozinha
Eu vou fugir de casa
Você vai ter saudade
Quando você olha pra ela
Eu viro areia
Curva seu corpo pra ela
Pra mim, montanha
Só não se esquece que eu também te amo
Só não se esquece
Não se endurece que eu também te amo
Não se endurece
Como se faz
Pra ter o teu carinho
Poder ganhar teu colo
E ter felicidade?
Não quero mais
Viver assim sozinha
Eu vou fugir de casa
Você vai ter saudade
(p) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Dubas/Acontecimentos (Sony/Atv) | BRSME1500171
Lincoln Olivetti • Rogê
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Muito Amor & Música (Sony/Atv) | BRSME1500168
guilherme monteiro: guitarra
kassin: baixo
pupillo: bateria
andré lima: órgão
Mallu
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Agência Da Música • Day One (Sm (Sony/Atv) | BRSME1500170
guilherme monteiro: guitarra
kassin: baixo, programação, teclados e palmas
diogo strausz: programação
pupillo: bateria
andré lima: teclados
moreno veloso: ukulele, palmas e coro
wagner barbosa: coro
armando marçal: percussão
guilherme monteiro: guitarra
kassin: baixo, violão e sintetizador
pupillo: bateria
andré lima: teclados
armando marçal: percussão
Não sou mais tola
Não mais me queixo
Não tenho medo
Nem esperança
Nada do que fiz
Por mais feliz
Está à altura
Do que há por fazer
E se me entrego às imagens do espelho sob o céu
Não pense que me apaixonei por mim
Bom é ver-se assim
De fora de si
Eu viveria tantas mortes
E morreria tantas vidas
E nunca mais me queixaria
Nunca mais
Se a canoa virou
Muita sorte virá
Quem já foi, já passou
Para o fundo do mar
Olha que o mar vira e não é brincadeira
É na tempestade que a gente vê bem quem é quem
Quem é de ficar com medo e remando na beira
Ou é de enfrentar e buscar o que ainda não tem
Eu tive morena que jurou amor eterno
No primeiro inverno não quis ficar e voou
A vida virou e me trouxe outra morena
Que valeu a pena
Acabou meu dilema
Mostrou verdadeiro amor
joão donato: rhodes
guilherme monteiro: guitarra
kassin: baixo, programação e teclados
pupillo: bateria e percussão
andré lima: sintetizador
marlon sette: trombone
marlon sette e kassin: arranjo de trombones
Vejo que finalmente encontrei o que não perdi
O verdadeiro amor sempre esteve aqui
Agora posso ver claramente a luz do sol
Iluminando a estrada que leva nós dois qual farol
Diga que deseja ter pra si
A maravilha de um pleno existir
Um amor assim
Para chamar de ecstasy
Amizade sensual, sutil
Delicadeza que transcende o mundo vil
Esse amor, meu amor
A nos levar ao ecstasy
Viver contigo faz de mim um alguém melhor
Criando, cultivando o belo ao nosso redor
Adorado amor, tão elegante
Multicolor, fascinante
Viver com você é conhecer o ecstasy
Diga que deseja ter pra si
A maravilha de um pleno existir
Um amor assim
Para chamar de ecstasy
Adorado amor, tão elegante
Multicolor, fascinante
Viver com você
É alcançar o ecstasy
Thalma de Freitas • João Donato
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Irmãos Vitale | BRSME1500174
Antonio Cicero • Arthur Nogueira
Tom Zé
gravado por edu costa no studio: marini
assistente de estúdio: mauro
gravação de voz no rootsan pelo rodrigão
domenico: bateria
pedro sá: violão e guitarra
kassin: baixo
danilo andrade: piano
moreno veloso: cello
felipe pinaud e zé carlos: flautas
felipe pinaud: arranjo
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Ed. Acre (Copyrights Consultoria)/Direto | BRSME1500165
Olha, somente um dia
Longe dos teus olhos
Trouxe a saudade do amor tão perto
E o mundo inteiro fez-se tão tristonho
Mas embora agora eu tenha perto
Eu acho graça do meu pensamento
A conduzir o nosso amor discreto
Sim, amor discreto pra uma só pessoa
Pois nem de leve sabes que eu te quero
E me apraz essa ilusão à toa
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Duetos | BRSME1500169
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Monte Songs (Emi)/Rosa Celeste (Universal Music Publishing)/Tapajós | BRSME1500160
Johnny Alf
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Sm (Sony/Atv)/Direto | brsme1500167
guilherme monteiro: guitarra
kassin: baixo, programação, teclados e talk box
pupillo: bateria e percussão
donatinho: teclados
andré lima: teclados
armando marçal: percussão
guilherme monteiro: guitarra
kassin: baixo e programação
pupillo: bateria e percussão
andré lima: teclados
armando marçal: percussão
guilherme monteiro: guitarra
kassin: baixo, violão, coro e lap steel
pupillo: bateria
andré lima: órgão
Por baixo do vestido: a timidez
Baixo da timidez: a seda fina
Baixo dela: uma nuvem de calor
Baixo desse calor: um perfume da China
E por baixo do cheiro: a rede elétrica
Baixo da rede elétrica: os pelos
E por baixo dos pelos: as estradas
Que conduzem nos fios os teus arrepios
Manifestos em ois! e uis! e ais!
Lá onde a razão não chega mais
E por baixo de tudo
O mundo fica mudo
E a tua franqueza toda nua
Que se veste de luxo em pele crua
Milton Nascimento • Criolo
Mesmo com todas as coisas esquecidas entre nós
Até no apagar das velhas rendas coloridas eu te amo
Nos nomes escritos no chão
Nos riscos de vidro na pedra
Acontece nas manhãs
Que eu não vejo seu caminho
Acontece nos caminhos em que ando só
Sopro as nuvens que escondem
As estrelas de guiar
Mas não me deixe navegar
Se já não crê no encanto deste mar
Se nossas manhãs se perderam nas ruas sem jardins
Enfeitou a nossa casa
Com a rosa da mais bela cor
Encontrada nas montanhas do Jabitacá
Quando nada for mais longe
E acontecer de ser você no meu caminho
Mas meu amor
Mesmo com todas as coisas escondidas
Até no pôr do sol da madrugada
E as placas baleadas pela estrada
Amor se acalme
Que a noite já vai dormir
A alma passeia
E o nosso corpo fica aqui
Se isto é sonhar, não sei
Parece viver, só eu e você
Dormindo em mim, em ti
Não há mentiras pra contar
O tempo a temperar
A vida que virá
Eu quero amanhecer
A cada dia um pouco mais
Ao seu ladinho
E acordar em paz
(P) 2015 Sony Music Entertainment Brasil Ltda.
Emi Songs (Emi)/Ed. Oloko Records | BRSME1500164
Junio Barreto • Lira • Bactéria
guilherme monteiro: guitarra
kassin: baixo, programação e teclados
pupillo: bateria e percussão
andré lima: teclados
moreno veloso: cello
Arnaldo Antunes • Marisa Monte • Cezar Mendes
Tanto barro pra amassar
Na sacola, uma ilusão
Na cabeça, um querer
Arma e ódio na mão
Sete chaves pra abrir
Sete portas, meu irmão
Odisseia sem Uli’
Biqueira, viela e pão
Pega a pedra pra jogar
Na lua que não se vê
Nem São Jorge, nem dragão
Vaidade é ilusão
É a cinza do umbral
É o aço, é a dor
É um pai, é um irmão
Pé grená, sangue no chão
Uma alma pra ganhar
Duas almas pra perder
Três almas que se vão
Quatro almas no porão
Almas vão dizer
Calma com esse alçapão
Seis almas pra tentar
Sete almas dizem não
Oito almas pra sofrer
Nove almas narrarão
Que dez anjos vão morrer
Todos sem arma na mão
Alberto Continentino • Jonas Sá
Marcelo Camelo • Thiago Camelo